Nem só de livros vive uma biblioteca

Além do acervo impresso, o Centro de Estudos do Santarém oferece cultura e internet aos freqüentadores

Por Aline Rodrigues

Em pleno século XXI, com a internet tomando conta de todos os ambientes, inclusive do acadêmico, as bibliotecas vêm sendo cada vez menos utilizadas pelos estudantes, no entanto, quem prefere recorrer aos livros para fazer trabalhos conta com o apoio do Centro de Estudos e Biblioteca Escolar Professor Américo de Oliveira Costa, que fica na Avenida Itapetinga, Zona Norte de Natal.

A popularização da internet vem fazendo com que os livros sejam deixados de lado quando os estudantes precisam fazer pesquisas acadêmicas (Foto: Aline Rodrigues/Fotec)

Inaugurada em 2001, a Biblioteca do Santarém – como é conhecido o Centro de Estudos – é um exemplo de espaço público voltado para o apoio acadêmico e incentivo à leitura.  No local, as pessoas encontram além de livros dos mais diversos assuntos, profissionais capacitados para ajudar com as pesquisas escolares.

Contando com um acervo de mais de 40 mil livros, entre obras raras, clássicos da literatura nacional e universal, infanto-juvenis, livros sobre o Rio Grande do Norte e didáticos, a Biblioteca é uma opção para aqueles que precisam de ajuda com trabalhos acadêmicos, ou gostam de literatura e cultura. O local tem 26 funcionários, a maioria professores, o que facilita o apoio com as pesquisas.

Diversas atividades culturais também são desenvolvidas no local, como exposições mensais, curso de desenho e pintura, contação de histórias, agosto cultural e mostra de cinema nacional. Também foram criadas uma Gibiteca e Cordelteca, onde o público tem acesso a um acervo peculiar, de histórias em quadrinhos e cordéis.

A Biblioteca do Santarém oferece acesso a internet para os estudantes realizarem pesquisas (Foto: Aline Rodrigues/Fotec)

De acordo Marcio Lemos, coordenador da Biblioteca, a maioria dos freqüentadores do local são alunos com pesquisas para fazer, “Infelizmente poucos vêm aqui em busca do prazer da leitura, é mais pela obrigação”, comenta. A falta de leitura prejudica inclusive na hora de entender as instruções dos trabalhos, “Alguns alunos chegam aqui perdidos, a gente tem que sentar e orientar quanto ao que fazer”, acrescenta Lemos.

Os professores são responsáveis por grande parte da instrução acadêmica dos jovens, por isso algumas edições de encontros de leitores voltadas para professores foram desenvolvidas recentemente, com oficinas voltadas para os modos de trabalhar a leitura em sala de aula. “É preciso incentivar os jovem à leitura, não dá pra ser algo forçado”, diz o coordenador.

A grande dificuldade que o local está passando hoje é a falta de funcionários, apesar de contar com 26 pessoas, o número é insuficiente para fazer funcionar normalmente todos os setores da biblioteca. As atividades de divulgação dos eventos também estão sendo prejudicadas pela falta de pessoal.

A Biblioteca conta com uma cordelteca, decorada com temas sertanejos em homenagem a cultura nordestina (Foto: Aline Rodrigues/Fotec)

Com a popularização da internet, o público da Biblioteca diminuiu bastante. De acordo com Lemos, o local que chegava a receber 700 pessoas por dia, hoje recebe em média 100. O que nem todos sabem é que a Biblioteca também oferece acesso à internet, os estudantes podem utilizar os computadores para fazer pesquisas acadêmicas.

A Biblioteca funciona de segunda à sexta, das 8h às 21h e está aberta à visitação de escolas, através de agendamentos de acordo com a faixa etária, nível dos alunos e assuntos pré-determinados.